domingo, 26 de junho de 2011

A HISTÓRIA DO GRAFITE

Grafite (arte)

                                                 Grafites no Muro de Berlim.                                   

                                                    Grafite Urbano (Mural)


    Grafite ou grafito (do
italiano graffiti, plural de graffito) significa em Latim e Italiano “escritas feitas com carvão” grafiti vem da palavra “graphein”, que em Grego significa escrever, sendo também o nome que se dá ao material de carbono que compõe o lápis, de onde se conclui que graffitis tem tudo a ver com escrever com carvão, desde o Império Romano.

    Considera-se grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade.Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto ainda há quem não concorde, equiparando o valor artístico do grafite ao da pichação, que é bem mais controverso. . Sendo que a remoção do grafite é bem mais fácil do que o piche.
                                                                                    Grafite                                                                   
                                                                  Pichação
    Se analisarmos em termos mais genéricos ainda, até mesmo as pinturas rupestres, dos Homens das cavernas, podem ser consideradas uma forma Pré-Histórica do graffite. Milhares de anos depois destas civilizações, sem que acontece-se praticamente nada parecido com graffiti, no final da década de 60 e o início da década de 70 no nosso século, jovens do Bairro do Bronx restabeleceram esta forma de arte, mas desta vez não com carvão e sim com Spray, criando um novo diálogo de grafite, colorido e muito mais rico, tanto visualmente quanto no conteúdo de mensagens que eram passadas. Há duas teorias que explicam a origem dos graffiteiros modernos e uma complementa a outra: há quem diga que o graffite surgiu do Hip Hop (cultura de rua originária dos guetos Americanos, que une o Rap, o Break, e o Graffite). A outra afirma que o grafite tenha surgido em Nova York e de lá se espalhou pelo mundo.

Descrição

     Normalmente distingue-se o grafite, de elaboração mais complexa, da simples pichação, quase sempre considerada como contravenção. No entanto, muitos grafiteiros respeitáveis, como Os gemeos, autores de importantes trabalhos em várias paredes do mundo, aí incluída a grande fachada da Tate Modern de Londres, admitem ter um passado de pichadores. Na língua inglesa, contudo, usa-se o termo graffiti para ambas as expressões.

      Desde o início os artistas eram chamados de Writerse (escritores), costumavam escrever os seus próprios nomes ou chamar a atenção para problemas do governo ou questões sociais da realidade-em-que-viviam.
     Tais desenhos eram feitos, na maioria em trens porque o verdadeiro interesse do graffiteiro era passar aquela mensagem para o maior número de pessoas. Outro modo de passar a sua mensagem era os muros das cidades.Ocorreu um avanço no mundo do graffiti, graffiteiros criaram os chamados “Togs” que são na verdade como uma marca registada, ou seja, as suas assinaturas. Alguns até criam figuras, personagens, usados nos seus grafites, as chamadas “bonecos”. Para finalizar, o graffiti surgiu nos EUA e hoje está nas maiores cidades do mundo.

               
    A partir do movimento contracultural de maio de 1968, quando os muros de Paris foram suporte para inscrições de caráter poético-político, a prática do grafite generalizou-se pelo mundo, em diferentes contextos, tipos e estilos, que vão do simples rabisco ou de tags repetidas ad nauseam, como uma espécie de demarcação de território, até grandes murais executados em espaços especialmente designados para tal, ganhando status de verdadeiras obras de arte. Os grafites podem também estar associados a diferentes movimentos e tribos urbanas, como o hip-hop, e a variados graus de transgressão.


 


Modalidades

Grafite 3D: desenhos concebidos a partir de idéias visuais de profundidade, sem contornos. Exige domínio técnico do grafiteiro na combinação de cores e formas.





 

WildStyle: tem o formato de letras distorcidas, em forma de setas, que quase cobrem o desenho.


 

Bomber: são letras gordas e que parecem vivas, geralmente feitas com duas ou três cores.
Letras grafitadas: incorporação das técnicas do grafite à pichação. As letras grafitadas represntam a assinatura do grupo.



 

Grafite artístico ou livre figuração: nesse estilo vale tudo: caricaturas, personagens de história em quadrinhos, figurações realistas e também elementos abstratos.
Grafites com máscaras e spray: facilita a rápida execução e disseminação de uma marca individual ou de grupo.





Graffiti como projeto social
      Atualmente os artistas do grafite são convidados a participarem de projetos que visam embelezar as cidades. Com isso, espera-se que as pessoas interessadas nessa atividade possam continuar expressando sua arte, mas sem causar prejuízos ao planejamento urbano.
Para citar alguns exemplos, a Universidade de São Paulo (USP) começou a organizar a primeira cooperativa brasileira de grafiteiros, muitos deles ex-pichadores. O objetivo é profissionalizar esses artistas. Todos serão orientados por professores de artes plásticas e designers para fazerem seus trabalhos em painéis e muros especialmente destinados para exibição de seus trabalhos.




     O Rio de Janeiro também investe em projetos como este. A prefeitura da cidade já formou uma turma de grafiteiros, com direito a certificado e tudo. Entre os diplomados, estão moradores de áreas carentes como Manguinhos, Jacarezinho e Vigário Geral.
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) lançou em Brasília o Projeto Grafitran. O objetivo é incentivar grafiteiros de oito grandes cidades brasileiras a divulgar mensagens favoráveis à humanização do trânsito, através de painéis espalhados por locais públicos, próximos às rodovias e ruas movimentadas.





 
Termos e gírias

       O Graffiti possui uma terminologia própria e por ter nascido nas ruas da Filadélfia e de Nova Iorque, o vocabulário dos grafiteiros é recheado de termos em inglês.
Para se aprofundar e entender um pouco mais obra e criador (graffiti e grafiteiro) se faz necessário conhecer alguns dos termos usados por eles.


        E que fique claro que é perfeitamente possível que esta lista não esteja completa, visto que – ainda – não somos profundos conhecedores do assunto.
WRITER - Grafiteiro, praticante da arte de graffiti, escritor urbano.
BITER – Aquele que copia o desenho ou até mesmo o estilo dos outros writers.
PIECE – Graffiti feito por um writer, onde se usa mais de 3 cores.
MURAL, PRODUÇÃO – Feita por um writer ou uma crew. Envolve no mínimo 2 pieces e alguns bonecos.
CREW – Grupo de grafiteiros.
TOY – Expressão utilizada para indicar um principiante ou alguém que grafita apenas por moda.
FAME
- Aquele que já tem o trabalho reconhecido pelos outros grafiteiros.
ALL CITY
– é considerado aquele que escreve por toda cidade, ou pelo país. Pode se referir a um writer individualmente ou uma crew.
ROLL CALL
– Assinar o nome de todo mundo do crew depois de ter feita um produção.
WILDSTYLE
- Um estilo complicado, com letras entrelaçadas entre si. É considerado um dos estilos mais difíceis de fazer.
BACKGROUND
- Fundo de um piece ou de uma produção.
FILL
– Preencher, pintar o piece.
TAG
– Assinatura do nome ou apelido do grafiteiro.

TAGGING UP – Tagear algum lugar difícil.
BOMB
– Graffiti rápido ou ilegal, geralmente feito na noite.

BOMBER - quem faz o bomb.
BOMBING – Sair pra fazer graffiti ilegal.
FREE STYLE - trabalho livre, improvisado.
STICKERS
– Adesivos que foram produzidos e taggiados antes.

THROW-UP – Vomito, estilo simples de letra, usado nos bombs. Geralmente feito em duas cores.
GOING OVER – Largar fora, fugir, correr da policia.
BUBBLE LETTERS – Tipo, estilo de letras em forma de bolha.
BACK TO BACK – Muro preenchido de ponta a ponta.
WHOLE CAR – Um lado do trem ou carro pintado completamente.
INSIDES – Tagear, bombardear os trens, ônibus etc. por dentro.
WINDOW DOWN - Piece feito pela janela de um trem ou ônibus.
BUFF - Termo usado quando se remove o piece ou bomb.
BONECO – desenho que representa figura humana.
PIECEBOOK – O livro com sketchs do writer.
OUTLINE - Desenho feito em piecebook, sketch.
CAP
– Bico do spray do qual depende o traço… Pode ser fino (SKINNY) ou grosso (FAT).

FAT – Linha grossa, feita com Fat Cap.
MARKER – Marcador, pincel atômico.
HOMEMADE - Caseiro, é relacionado aos marcadores ou vídeos.



6 comentários:

  1. caralho o cara é um monstro da arte "

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  2. Muito Bom seu trabalho!
    Valeu a pesquisa!

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  3. todos são sensacionais(foda)

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  4. Muito bacana sua matéria!
    Poderia informar, por gentileza, as fontes da pesquisa?
    Obrigada,
    Bia.

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  5. Adorei seu trabalho,gostaria de reunir um grupo de pichadores incentiva-los a se tornarem grafiteiros profissionais,tira-los da ilegalidade.

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