terça-feira, 27 de setembro de 2011

A HISTÓRIA DA ARTE GÓTICA




Arte Gótica



introdução

      O estilo Gótico desenvolveu-se na Europa, principalmente na França, durante a Baixa Idade Média e é identificado como a Arte das Catedrais. A partir do século XII a França conheceu transformações importantes, caracterizadas pelo desenvolvimento comercial e urbano e pela centralização política, elementos que marcam o início da crise do sistema feudal. No entanto, o movimento a arraigada cultura religiosa e o movimento cruzadista preservavam o papel da Igreja na sociedade.



 Catedral de Salisbury



      Enquanto a Arte Românica tem um caráter religioso tomando os mosteiros como referência, a Arte Gótica reflete o desenvolvimento das cidades. Porém deve-se entender o desenvolvimento da época ainda preso à religiosidade, que nesse período se transforma com a escolástica, contribuindo para o desenvolvimento racional das ciências, tendo Deus como elemento supremo. Dessa maneira percebe uma renovação das formas, caracterizada pela verticalidade e por maior exatidão em seus traços, porém com o objetivo de expressar a harmonia divina.
      O termo Gótico foi utilizado pelos italianos renascentistas, que consideravam a Idade Média como a idade das trevas, época de bárbaros, e como para eles os godos eram o povo bárbaro mais conhecido, utilizaram a expressão gótica para designar o que até então chamava-se "Arte Francesa ".


arquitetura




      A arquitetura foi a principal expressão da Arte Gótica e propagou-se por diversas regiões da Europa, principalmente com as construções de imponentes igrejas. Apoiava-se nos princípios de um forte simbolismo teológico, fruto do mais puro pensamento escolástico: as paredes eram a base espiritual da Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o caminho para Deus. Além disso, nos vitrais pintados e decorados se ensinava ao povo, por meio da mágica luminosidade de suas cores, as histórias e relatos contidos nas Sagradas Escrituras.
      Do ponto de vista material, a construção gótica, de modo geral, se diferenciou pela elevação e desmaterialização das paredes, assim como pela especial distribuição da luz no espaço. Tudo isso foi possível graças a duas das inovações arquitetônicas mais importantes desse período: o arco em ponta, responsável pela elevação vertical do edifício, e a abóbada cruzada, que veio permitir a cobertura de espaços quadrados, curvos ou irregulares. No entanto, ainda considera-se o arco de ogiva como a característica marcante deste estilo.

 Catedral de Lincoln -- Lincolnshire, Inglaterra




      A primeira das catedrais construídas em estilo gótico puro foi a de Saint-Denis, em Paris, e a partir desta, dezenas de construções com as mesmas características serão erguidas em toda a França. A construção de uma Catedral passou a representar a grandeza da cidade, onde os recursos eram obtidos das mais variadas formas, normalmente fruto das contribuições dos fiéis, tanto membros da burguesia com das camadas populares; normalmente as obras duravam algumas décadas, algumas mais de século.

                                Catedralde Saint-Denis

escultura

      A escultura gótica desenvolveu-se paralelamente à arquitetura das Igrejas e está presente nas fachadas, tímpanos e portais das catedrais, que foram o espaço ideal para sua realização. Caracterizou-se por um calculado naturalismo que, mais do que as formas da realidade, procurou expressar a beleza ideal do divino; no entanto a escultura pode ser vista como um complemento à arquitetura, na medida em que a maior parte das obras foi desenvolvida separadamente e depois colocadas no interiro das Igrejas, não fazendo parte necessariamente da estrutura arquitetônica.
                                Porta do Sarmental, Catedral de Burgos       
             
                                                               Gárgulas     





      A princípio, as estátuas eram alongadas e não possuíam qualquer movimento, com um acentuado predomínio da verticalidade, o que praticamente as fazia desaparecer. A rejeição à frontalidade é considerado um aspecto inovador e a rotação das figuras passa a idéia de movimento, quebrando o rigorismo formal.
As figuras vão adquirindo naturalidade e dinamismo, as formas se tornam arredondadas, a expressão do rosto se acentua e aparecem as primeiras cenas de diálogo nos portais.

pintura

     A pintura teve um papel importante na arte gótica pois pretendeu transmitir não apenas as cenas tradicionais que marcam a religião, mas a leveza e a pureza da religiosidade, com o nítido objetivo de emocionar o expectador. Caracterizada pelo naturalismo e pelo simbolismo, utilizou-se principalmente de cores claras
"Em estreito contato com a iconografia cristã, a linguagem das cores era completamente definida: o azul, por exemplo, era a cor da Virgem Maria, e o marrom, a de São João Batista. A manifestação da idéia de um espaço sagrado e atemporal, alheio à vida mundana, foi conseguida com a substituição da luz por fundos dourados. Essas técnicas e conceitos foram aplicados tanto na pintura mural quanto no retábulo e na iluminação de livros".

 fresco de la catedral de colonia (alemania)

                  jan van eyck.-políptico de gante                             

O gótico no Brasil
    A rigor, não se pode falar da existência de uma arquitetura essencialmente gótica no Brasil. À época dos descobrimentos, o estilo arquitetônico iniciado na França com o declínio do sistema feudal, e que dominou especialmente as construções dos templos religiosos a partir do século XII, já havia sido substituído pelo renascentista. No entanto, no século XIX, algumas construções brasileiras foram erguidas em estilo “neo-gótico”, congregando algumas características do gótico medieval em contraste com os estilos clássicos dominantes na época. Entre os exemplares desse estilo arquitetônico no Brasil, destacam-se a catedral de Petrópolis e a catedral da Sé, em São Paulo, e edifícios como o Palácio da Ilha Fiscal e o Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro.

                           catedral da Sé, em São Paulo 
               

                                                 catedral de Petrópolis, em São Paulo


                       
                    Palácio da Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro                         


                                      Real Gabinete Português de Leitura, no RJ.





sábado, 17 de setembro de 2011

A HISTÓRIA DO TEATRO NO MUNDO




A HISTÓRIA DO TEATRO NO MUNDO
     “TEATRO” A origem desta palavra vêm do Grego “Theátron”. Posteriormente passou para o Latim como Theatru. Esta palavra, quando passou para o português, a vogal “U” foi simplesmente trocada pela vogal “O”. o teatro surgiu no Egito há aproximadamente três mil anos antes de Cristo. Algumas peças começaram a aparecer na Grécia com Homero no período de oitocentos anos antes de Cristo. Quanto a este passado muito distante, pouco se sabe, a maioria dos autores e de seus livros, até nos dão alguma certeza de que o teatro é tão velho quanto a existência do homem.



 Provavelmente, em algum momento já nos perguntamos quando o ser humano começou a representar, por que o fez e como teriam sido as primeiras representações. Segundo os estudiosos, os seres humanos tinham necessidades de representar para expressar suas alegrias, tristezas e dúvidas,comunicando-se com os outros e com os deuses, em rituais e celebrações.
Nessas ocasiões (como ocorre ainda hoje em algumas tribos indígenas), era comum as pessoas representarem os animais e seus movimentos, imitarem os fenômenos da Natureza, como  os sons do trovão, narrarem as dificuldades sofridas em uma viagem, lembrarem seus antepassados para ensinar aos jovens.
As palavras e os gestos das representações eram aprendidos e memorizados. E assim podiam preservá-los, uma vez que desconheciam a escrita.
Mas a origem do teatro está na Grécia antiga no século VI a.C.. Organizavam-se festivais para celebrar a festividade da Terra na primavera, e os participantes vestiam peles de animais, dançavam e entoavam cânticos repetidos pelos demais. Foi lá que surgiu o teatro tal como o conhecemos hoje: representações com diferentes histórias escritas por autores, nas quais atores interpretam diferentes papéis diante de um público em um local  construído especialmente para isso.






Um dos festivais mais famosos da Grécia antiga era realizado em homenagem ao deus Dionísio. Durante seis dias todos os habitantes da cidade se reuniam para julgar a qualidade dos textos encenados e de seus autores. Aplaudiam quando gostavam, protestavam a ponto de interromper a representação, caso não gostassem.
Como surgiram os atores

Foi na Grécia, por volta dos séculos VII a.C., durante a celebração dos festivais dedicados ao deus Dionísio, que o teatro deixou de ser uma cerimônia religiosa e passou a representar peças teatrais. Dionísio era  o deus da fertilidade, do vinho e da alegria e, em suas homenagens, organizavam-se cantos, corais e danças sobre um tablado baixo, uma arena chamada theatron, que em grego significa “local onde se vai para ver”.






O nome do hino cantado pelo participantes do coro era ditirambo, e supôe-se que esse cântico narrava a história do deus Dionísio, que veio ao mundo para ensinar aos seres humanos o cultivo da uva e de outros frutos.
Foi mais tarde, por volta do século VI a.C., que surgiram os protagonista (são atores que interpretam os personagens mais importantes). Eram dois ou três participantes que se destacavam do conjunto do coro, falavam e dialogavam entre si, narrando e interpretando os episódios da história. Dessa forma, surgiu a figura do ator(é a pessoa que representa os personagens de uma peça de teatro, de um filme, de uma novela ou de uma série de televisão).
O primeiro ator e também autor do qual se tem notícia é Téspis que segundo as pesquisas, percorria as cidades em uma carroça e recebeu prêmios por sua interpretação.
 
                                                                       Téspis   

               
                     Cesar de Planeta dos Macacos “a origem     


                                      Maclane(Duro de Matar)

Três séculos depois do ator Téspis, a cidade da Atenas havia se tornado a capital do teatro na Grécia. Nesta cidade foram construídos teatros nos sopés dos montes, onde eram representados diferentes tipos de peças.

Os gêneros teatrais

Entre os tipos de peças ou gêneros teatrais na Grécia estão: a tragédia, a comédia e a sátira.
 A tragédia era o gênero mais respeitado por ser considerada mais séria e superior. Tratava de temas religiosos e do conflito entre os grandes heróis e heroínas com as leis divinas e o destino. Imaginava-se que assistir à representação das tragédias “purificava” ou “transformava” os espectadores.
A comédia era considerada menos nobre e tratava de assuntos cotidianos. Os autores gregos as escreviam para divertir os espectadores com situações ridículas que se referiam, por vezes, ao comportamento de políticos e pessoas importantes da sociedade grega.
As sátiras, ou dramas satíricos, eram tragédias mais curtas, mas tratadas com humor e ironia.
Durante os festivais, a cada dia um ator apresentava três tragédias e uma comédia. Isso provavelmente porque para os gregos qualquer assunto poderia ser levado a sério ou criticado, mas tudo deveria terminar de um jeito divertido.
São quatro os principais gêneros dramáticos conhecidos:
A tragédia, nascida na Grécia, segue três características: antiga, média e nova. É a representação viva das paixões e dos interesses humanos, tendo por fim a moralização de um povo ou de uma sociedade.

                                           Oresteia  Agamênon       

                                                      
                                     Prometeu acorrentado
A comédia representa os ridículos da humanidade ou os maus costumes de uma sociedade e também segue três vertentes: a política, a alegórica e a moral.

                         Comédia Nova       

                     
                                        Comédia( Dionísio)          

                        Comédia de Lisístrata
A tragicomédia é a transição da comédia para o drama. Representa personagens ilustres ou heróis, praticando atos irrisórios.
O drama (melodrama) é representado acompanhado por música. No palco, episódios complicados da vida humana como a dor e a tristeza combinados com o prazer e a alegria.

  Peça A Fuga com mostra consumo e conseqüências dramáticas da droga nas famílias

As representações desses tipos de peças constituíam um grande acontecimento. Todos os anos eram organizados festivais em dias fixos, quando quase todos os moradores da cidade e de localidades próximas compareciam. Os cidadãos ricos patrocinavam os festivais, oferecidos para toda comunidade.
Os autores(é a pessoa que escreve uma peça  de teatro, o roteiro de um filme, ou o enredo de uma novela ou de um livro)recebiam honrarias e prêmios pelos textos e se tornavam famosos entre seus compatriotas. Também eram muito criticados caso não agradassem ao público. Os mais conhecidos autores de tragédias são Ésquiles, Sófocles e Eurípedes: os mais conhecidos por suas comédias são Aristófanes e Menandro, e Pátrinas foi um grande escritor de sátiras.
Essas peças escritas há 2500 anos são representadas até hoje. Elas tratam dos sentimentos mais profundos dos seres humanos, que não mudaram desde a Grécia antiga, como, por exemplo, o amor, o ódio, o ciúme e a inveja.

O texto teatral

Em uma peça de teatro, as falas dos personagens aparecem escritas em forma de diálogos que chamamos de texto. Ele contém também algumas indicações cênicas sobre como os personagens têm de falar, os movimentos e gestos dos atores, como devem estar vestidos ou maquiados.
Quando em uma parte ou na totalidade de um texto teatral há um único ator representando um ou mais personagens, dizemos que se trata de um monólogo.
Alguns textos de teatro só trazem uma indicação sobre o enredo ou uma breve sinopse(é o resumo que mostra somente os momentos principais do enredo). Outros textos são como um resumo no qual só se assinala a ordem das cenas e das entradas dos personagens. Nestes casos, para desenvolver o enredo, utiliza-se a improvisação.

O teatro no Brasil
No Brasil, o teatro tem sua origem com as representações de catequização dos índios. As peças eram escritas com intenções didáticas, procurando sempre encontrar meios de traduzir a crença cristã para a cultura indígena. Uma origem do teatro no Brasil se deveu à Companhia de Jesus, ordem que se encarregou da expansão da crença pelos países colonizados. Os autores do teatro nesse período foram o Padre José de Anchieta e o Padre Antônio Vieira. As representações eram realizadas com grande carga dramática e com alguns efeitos cênicos, para a maior efetividade da lição de religiosidade que as representações cênicas procuravam inculcar nas mentes aborígines. O teatro no Brasil, neste período, estava sob grande influência-do-barroco-europeu.      


                          Peça teatral “Raimunda Pinto sim senhor”    

  
                                                  Peça teatral “Macunaíma”

domingo, 11 de setembro de 2011

A HISTÓRIA DA ARTE BARROCA


                                                             


A HISTÓRIA DA ARTE BARROCA




         O Barroco surgiu na Itália no final do século XVI, como uma nova expressão artística que se contrapunha ao Renascimento. O Barroco (palavra cujo significado tanto pode ser pérola imperfeita ou mau gosto) pode ser considerado como uma forma de arte emocional e sensual, ao mesmo tempo em que se caracteriza pela monumentalidade das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação.

A arte barroca originou-se na Itália (séc. XVII) mas não tardou a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida pelos colonizadores-portugueses-e-espanhóis.




         As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas procuram realizar de forma muito consciente; na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista.
         É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a tentativa angustiante de conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra; pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo; espírito e matéria.









          Essa grandiosidade é explicada pela situação histórica, marcada pela reação da Igreja Católica ao movimento protestante e ao mesmo tempo pelo desenvolvimento do regime absolutista. Dessa maneira temos uma arte diretamente comprometida com essa nova realidade, servindo como elemento de propaganda de seus valores, ser explicadas pelo fato de o barroco ter sido um tipo de expressão de cunho propagandista.
         Nascido em Roma a partir das formas do cinquecento renascentista, logo se diversificou em vários estilos paralelos, à medida que cada país europeu o adotava e o adaptava às suas própria características. Enquanto na Itália o barroco apresentou elementos mais "pesados", nos países Protestantes o estilo encontrou componentes mais amenos.
         Durante esse período as artes plásticas tiveram um desenvolvimento integrado; a arquitetura, principalmente das Igrejas, incorporaram os ornamentos da estatuária e da pintura.

Suas-Características-Gerais-São:




* Emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através-dos-sentidos-e-da-emoção-e-não-apenas-pelo-raciocínio.
* Busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;
*
--Entrelaçamento-entre-a_arquitetura-e-
escultura;
*
--Violentos-contrastes-de-luz-e-
sombra;
* Pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida.









ESCULTURA-BARROCA



         A escultura barroca teve um importante papel no complemento da arquitetura, tanto na decoração interior como exterior, reforçando a emotividade e a grandiosidade das igrejas. Destaca-se principalmente as obras de Bernini, arquiteto e escultor que dedicou sua obra exclusivamente a projeção da Igreja Católica, na Itália. A principal característica de suas obras é o realismo, tendo-se a impressão de que estão vivas
-e-que-poderiam-se-movimentar.
         As esculturas em mármore procuraram destacar as expressões faciais e as características individuais, cabelos, músculos, lábios, enfim as características específicas destoam nestas obras que procuram glorificar a religiosidade. Multiplicavam-se anjos e arcanjos, santos e virgens, deuses pagãos e heróis míticos, agitando-se nas águas das fontes e surgindo de seus nichos nas fachadas, quando não sustentavam uma viga ou faziam parte dos altares.
   Suas características são: o predomío das linhas curvas, dos drapeados das vestes e do uso do dourado; e os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento.

          
                                                              Esculturas-de-Bernini




ARQUITETURA-BARROCA

          Na arquitetura barroca, a expressão típica são as Igrejas, construídas em grande quantidade durante o movimento de Contra-Reforma. Rejeitando a simetria do renascimento, destacam o dinamismo e a imponência, reforçados pela emotividade conseguida através de meandros, elementos contorcidos e espirais, produzindo diferentes efeitos visuais, tanto nas fachadas quanto no desenho dos interiores.
Quanto à arquitetura sacra, compõe-se de variados elementos que pretendem dar o efeito de intensa emoção e grandeza. O teto elevado e elaborado com elementos de escultura dão uma dimensão do infinito; as janelas permitem a penetração da luz de modo a destacar as principais esculturas; as colunas transmitem uma impressão de poder e de movimento.


                                                                   Igrejas no estilo Barroco em Minas Gerais           
                                                   

                                                                    Convento de Mafra em Portugal



          Quanto à arquitetura palaciana, o palácio barroco era construído em
três pavimentos. Os palácios, em vez de se concentrarem num só bloco cúbico, como os renascentistas, parecem estender-se sem limites sobre a paisagem, em várias alas, numa repetição interminável de colunas e janelas. A edificação mais representativa dessa época é o de Versalhes, manifestação messiânica das ambições absolutistas de Luís XIV, o Rei Sol, que pretendia, com essa obra, reunir ao seu redor - para desse modo debilitá-los – todos

-os-nobres-poderosos-das-cortes-de-seu-país.





 
                                            Palacios-Residenciais

PINTURA-BARROCA

         As obras pictóricas barrocas tornaram-se instrumentos da Igreja, como meio de propaganda e ação. Isto não significa uma pintura apenas de santos e anjos, mas de um conjunto de elementos que definem a grandeza de Deus e de suas criações. Os temas favoritos devem ser procurados na Bíblia ou na mitologia greco-romana.
Características da pintura barroca:
* Composição assimétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.
* Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um recurso que
-visava-a-intensificar-a-sensação-de-
profundidade.
* Realista, abrangendo todas as camadas sociais.
* Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática.


                                                                      Pintura de Rubens    
                                                  


                                                                Pintura de Caravagio

 

BARROCO NO BRASIL

 

         O barroco brasileiro foi diretamente influenciado pelo barroco português, porém, com o tempo, foi assumindo características próprias.
         A grande produção artística barroca no Brasil ocorreu nas cidade auríferas de Minas Gerais, no chamado século do ouro (século XVIII). Estas cidades eram ricas e possuíam um intensa vida cultura e artística em pleno desenvolvimento.
         O principal representante do barroco mineiro foi o escultor e arquiteto Antônio Francisco de Lisboa também conhecido como Aleijadinho. Sua obras, de forte caráter religioso, eram feitas em madeira e pedra-sabão, os principais materiais usados pelos artistas barrocos do Brasil.
        Podemos citar algumas obras de Aleijadinho : Os Doze Profetas e Os Passos da Paixão, na Igreja de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas do Campo (MG).
Outros artistas importantes do barroco brasileiro foram: o pintor mineiro Manuel da Costa Ataíde e o escultor carioca Mestre Valentim. No estado da Bahia, o barroco destacou-se na decoração das igrejas em Salvador como, por exemplo, de São Francisco de Assis e a da Ordem Terceira de São Francisco.



                                               Pintura do mestre Ataídes Minas Gerais              


                              Escultura Barroca de Aleijadinho (os doze profetas)


                                                   Escultura de Mestre Valentin Bahia