quinta-feira, 30 de junho de 2011

A HISTÓRIA DO IMPRESSIONISMO

        IMPRESSIONISMO

       O Impressionismo foi o movimento das artes plásticas, desenvolvido na pintura, no final do século XIX, na França, e que influenciou muito a música. Constitui-se no marco da arte moderna por ser o início do caminho rumo ao Abstracionismo. Embora mantenha temas do realismo, não se propõe a fazer denúncia social. Retrata paisagens urbanas e suburbanas, como o naturalismo. A diferença está na abordagem estética: os impressionistas parecem apreender o instante em que a ação acontece ao criar novas maneiras de captar a luz e as cores. Nessa tendência em mostrar situações naturais, extrai conceitos da fotografia, nascida em 1827.

Marcou a primeira revolução artística total desde a Renascença. Nascido na França no início de 1860, determinou o curso da maior parte da arte que se seguiu.


Ainda no fim do séc. XIX, a academia ainda promovia os ideais da Renascença, opinando que o tema na arte deveria ser nobre ou instrutivo e que o valor de uma obra de arte deveria ser julgado com sua “parecença” descritiva com os objetos naturais.
Os impressionistas contestaram e rebelaram-se contra o monopólio da arte. A partir daí também, os críticos tornaram corriqueiro os “ismos” para descrever de forma corriqueira e sarcástica novas formas de arte.


                                 Manet, um dos primeiros impressionistas
O papel da arte em uma sociedade modificada era objeto dos debates artísticos, literários e sociais do momento, ainda mais que Paris havia se tornado a primeira metrópole verdadeiramente moderna, física e socialmente. Os impressionistas tinham consciência da própria modernidade.


Retrato de Berthe Morisot (também artista impressionista), por Manet
MANET X MONET - com certeza o estilo de Manet é mais acadêmica e mais realista. Siga para baixo que você vai diferenciar bem o Monet do Manet. Monet era um impressionista puro; não se importava com a nitidez, e sim com as pinceladas e as impressões e pinceladas curtas e carregadas deixadas no quadro - seus quadros também são mais vivos que os de Manet.
PINTAVAM AQUILO QUE O ARTISTA VIA, E NÃO O QUE SABIA.



                                        Degas, o pintor das bailarinas
Separou-se radicalmente da tradição rejeitando a perspectiva, a composição equilibrada, as figuras idealizadas e o chiaroscuro da Renascença. Em vez disso, representavam sensações visuais imediatas através da cor e da luz.
Para inovar a forma de pintar a luminosidade e as cores, os artistas dão enorme importância à luz natural. Nos quadros são comuns cenas passadas à beira do rio Sena, em jardins, cafés, teatros e festas. O que está pintado é um instante de algo em permanente mutação.

 
Mary Cassatt, artista mulher, que usou com grande habilidade o giz pastel
Foram influenciados pela Escola de Barbizon, Courbet, Turner e Constable, que demonstravam como os efeitos de luz e variações climáticas poderiam ser explorados na pintura.
Queriam apresentar impressões ou percepções sensoriais iniciais registradas por um artista num breve vislumbre; a cor não é uma característica permanente de um objeto; muda constantemente de acordo com os efeitos da luz, do reflexo ou do clima sobre a superfície do objeto.


             artista americano do Impressionismo - Childe Hassam
Abaixo, estudos de Monet sobre um mesmo motivo: Catedral de Rouen. Ele fazia pinceladas rápidas e grossas justamente para pegar rapidamente a impressão da luz sobre a cor, em determinados períodos do dia. Você conseguiria adivinhar qual período do dia ele pintou em cada tela?


 
Para retratar essas características voláteis da luz, criaram uma pincelada distinta, curta, cortada. Os críticos, quando viam as obras de perto, diziam que os artistas “disparavam tinta na tela com uma pistola”.
Não gostavam do cinza ou preto, e usavam as cores como parte das sombras.
O começo
Em 1874, vários artistas como: Manet, Degas, Monet, Renoir, Cassatt, Sisley, Pissarro e Morisot montaram sua primeira exposição (de 8 cooperativas), pois eram recusados por todos os salões de arte vigentes da época. O nome “impressionistas” veio através de uma denominação depreciativa de um crítico que, ao ver a tela de Monet – “Impressão, Nascer do Sol”, dizia que não passava de uma impressão mal acabada, ou mal feita de uma paisagem.



                        Monet - Impressão, Nascer do Sol
Insatisfeitos com a exclusão de suas obras, reuniam-se no estúdio do fotógrafo Félix Nadar. A primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas foi nessa exposição coletiva realizada em Paris, em abril. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura.




                                                       Degas 
Tudo começou com o interesse Renoir, Monet, Bazille e Sisley em pintar natureza ao ar livre. Faziam excursões junto para pintar com os artistas de Barbizon. O trabalho deles diferia das normas do oficialismo e academicismo, e pintavam a céu aberto do começo ao fim da obra (inédito na época, pois muitos faziam isso porém terminavam os últimos detalhes no ateliê).



Berthe Morisot, outra artista mulher que se destacou no Impressionismo!
Faziam uso da luz e cor, ao invés do desenho meticulosamente bem feito. Seus trabalhos não refaziam a história, e sim pegavam uma parcela retratada da contemporaneidade da natureza.


                                                Renoir
A composição parecia não existir, e a aparência descuidada e carregada repercutiu em algumas críticas, como:
- fizeram um quadrinho mostrando uma mulher grávida impedida de entrar na exposição para que aquela “imundície”não prejudicasse o neném;
- um jornal contou como um homem, levado pela “loucura das pinturas”, saiu mordendo inocentes ali presentes;
- um crítico de arte afirmou que “Nu ao Sol”, de Renoir, a carne da modelo parecia estar podre;
- chamaram os borrões de Monet de “lambidas” e sua técnica “descuidada”.
Mas foi em 1880 que foram recebidos e aclamados.
O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX.


                                                  Renoir
Principais características da pintura:
* Caráter de esboço e aparente falta de acabamento;
* Contraste, falta de nitidez, fragmentação de enquadramento da fotografia, gravuras japoneses foram forte influência;



                                                  Mary Cassatt
* A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
* As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens.
* As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.





                                                   Mary Cassatt
* Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.
* As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.
Depois do Impressionismo, a pintura nunca mais foi a mesma. Os pintores seguintes ou expandiram sua prática ou reagiram contra ela.
No Brasil, nas artes plásticas há tendências impressionistas em algumas obras de Eliseu Visconti (1866-1944), Georgina de Albuquerque (1885-1962) e Lucílio de Albuquerque (1877-1939). Uma das telas de Visconti em que se evidencia essa influência é Esperança (Carrinho de Criança), de 1916. Características pós-impressionistas encontram-se em obras de Eliseu Visconti, João Timóteo da Costa (1879-1930) e nas primeiras telas de Anita Malfatti, como O Farol (1915). A música nacionalista, como a desenvolvida no Brasil por Heitor Villa-Lobos, retira muito de sua base-do-impressionismo.


domingo, 26 de junho de 2011

HISTÓRIA DA ARTE AFRICANA



skip to main | skip to sidebar

  
  


Arte da África
A arte africana representa os usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é funcional e expressam muita sensibilidade. Nas pinturas, assim como nas esculturas, a presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e religiosos.
A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-se o ouro, bronze e marfim como matéria prima. Representando um disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm um significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e funerais. As máscaras são confeccionadas em barro, marfim, metais, mas o material mais utilizado é a madeira. Para estabelecer a purificação e a ligação com a entidade sagrada, são modeladas em segredo na selva. Visitando os museus da Europa Ocidental é possível conhecer o maior acervo da arte antiga africana no mundo.

História

As origens da história da arte africana está situada muito antes da história registrada. A arte africana em rocha no Saara, em Níger, conserva entalhes de 6000 anos. As esculturas mais antigas conhecidas são dos Nok cultura da Nigéria, feitas por volta 500 d.C.. Junto com a África Subsariana, as artes culturais das tribos ocidentais, artefatos do Egito antigo, e artesanatos indígenas do sul também contribuíram grandemente para a arte africana. Muitas vezes, representando a abundância da natureza circundante, a arte foi muitas vezes interpretações abstratas de animais, vida vegetal, ou desenhos naturais e formas.

 


Métodos mais complexos de produção de arte foram desenvolvidos na África Subsariana, por volta do século X, alguns dos mais notáveis avanços incluem o trabalho de bronze do Igbo Ukwu e a terracota e trabalhos em metal de Ile Ife fundição em Bronze e latão , muitas vezes ornamentados com marfim e pedras preciosas, tornou-se altamente prestigiado, em grande parte da África Ocidental, às vezes sendo limitado ao trabalho dos artesãos e identificado com a realeza, como aconteceu com o Benin Bronzes.




Arte africana na atualidade
Muitas das chamadas artes tradicionais da África estão sendo ainda trabalhadas, entalhadas e usadas dentro de contextos tradicionais. Mas, como em todos os períodos da arte, importantes inovações também têm sido assimiladas, havendo uma coexistência dos estilos e modos de expressão já estabelecidos com essas inovações que surgem. Nos últimos anos, com o desenvolvimento dos transportes e das comunicações dentro do continente, um grande número de formas de arte tem sido disseminado por entre as diversas culturas africanas.A arte Africana tem uma coisa interessante. Você pode achar semelhança entre dois paises sem eles se assemelharem.
Além das próprias influências africanas, algumas mudanças têm sua origem em outras civilizações. Por exemplo, a arquitetura e as formas islâmicas podem ser vistas hoje em algumas regiões da Nigéria, em Mali, Burkina Faso e Niger. Alguns desenhos e pinturas do leste indiano têm bastante similaridade em suas formas com as esculturas e máscaras de artistas dos povos Dibibio e Efik que se estabelecem ao sul da Nigéria. Temas cristãos também tem sido observados nos trabalhos de artistas contemporâneos, principalmente em igrejas e catedrais africanas. Vê-se ainda na África, nos últimos anos, um desenvolvimento de formas e estruturas ocidentais modernas, como bancos, estabelecimentos comerciais e sedes governamentais.



Os turistas também tem sido responsáveis por uma nova demanda das artes, particularmente por máscaras decorativas e esculturas africanas feitas de marfim e ébano. O desenvolvimento das escolas de arte e arquitetura em cidades africanas, tem incentivado os artistas a trabalhar com novos meios, tais como cimento, óleo, pedras, alumínio, com uma utilização de diferentes cores e desenhos. Ashira Olatunde da Nigéria e Nicholas Mukomberanwa de Zimbábue estão entre os maiores patrocinadores desse novo tipo de arte na África.



As formas de arte africana
A pintura é empregada na decoração das paredes dos palácios reais, celeiros, das choupas sagradas. Seus motivos, muito variados, vão desde formas essencialmente geométricas até a reprodução de cenas de caça e guerra. Serve também para o acabamento das máscaras e para os adornos corporais. A mais importante manifestação da arte africana é, porém, a escultura. A madeira é um dos materiais preferidos. Ao trabalhá-la, o escultor associa outras técnicas (cestaria, pintura, colagem de tecidos).





As máscaras africanas

As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem síntese de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões da vontade criadora do africano.
Foram os objetos que mais impressionaram os povos europeus desde as primeiras exposições em museus do Velho Mundo, através de milhares de peças saqueadas do patrimônio cultural da África, embora sem reconhecimento de seu significado simbólico.
A máscara transforma o corpo do bailarino que conserva sua individualidade e, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro ser; gênio, animal mítico que é representando assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente redistribuída em benefício da coletividade. Como exemplo dessas máscaras destacamos as Epa e as Gueledeé ou Gelede .

                                                       Máscaras Epa

                                                    Máscara Gelede
Arte e religião
As civilizações africanas tem uma visão holística e simbólica da vida. Cada indivíduo é parte de um todo, ligados, todos em função do cosmos em uma eterna busca pela harmonia e de equilíbrio. Outro conceito fundamental na filosofia da existência africana é a importância do grupo, para que a comunidade viva, cada fiel deve participar seguindo o papel que lhe pertence em nível espiritual e terreno.

                                                         Escuafro

                                                     Candomblé
Principais religiões
As únicas religiões que tem relação com a arte africana no Brasil, são o Candomblé, e o Culto aos Egungun efetivamente de origem africana.
                                                      Egungun
O Culto de Ifá em menor número no Brasil é o maior responsável pela divulgação da Yoruba Art em todo mundo, Estados Unidos, Cuba, Alemanha, França, Inglaterra, Espanha, são os países onde o maior número de peças podem ser encontradas, em museus e coleções particulares.

                                                    Culto de Ifá

Dança africana
Na dança africana, cada parte do corpo movimenta-se com um ritmo diferente. Os pés seguem a base musical, acompanhados pelos braços que equilibram o balanço dos pés. O corpo pode ser comparado a uma orquestra que, tocando vários instrumentos, harmoniza-os numa única sinfonia. Outra característica fundamental é o policentrismo que indica a existência no corpo e na música de vários centros energéticos, assim como acontece no cosmo. A dança africana é um texto formado por várias camadas de sentidos. Esta dimensionalidade é entendida como a possibilidade de exprimir através e para todos os sentidos. No momento que a sacerdotisa dança para Oxum, ela está criando a água doce não só através do movimento, mas através de todo o aparelho sensorial. A memória é o aspeto ontológico da estética africana. É a memória da tradição, da ancestralidade e do antigo equilíbrio da natureza, da época na qual não existiam diferenças, nem separação entre o mundo dos seres humanos e os dos deuses.


A repetição do padrão-musical manifesta a energia que os fieis estão invocando. A repetição dos movimentos produz o efeito de transe que leva ao encontro com a divindade, muito usado em rituais. O mesmo ato ou gesto é praticado num número infinito de vezes, para dar à ação um caráter de atemporalidade, de continuação e de criação continua. Nas danças africanas o contato contínuo dos pés nus com a terra é fundamental para absorver as energias que deste lugar se propagam e para enfatizar a vida que tem que ser vivida agora e neste lugar, ao contrario das danças ocidentais performadas sobre as pontas a testemunhar a vontade de deixar este mundo para alcançar um outro. Existem várias danças. Entre elas destacam-se: lundu, batuque, Ijexá, capoeira, coco, congadas e jongo.
                                                       Batuque

                                               Capoeira Angolana
Tipos de Danças Africanas menos comuns:
Kizomba Ritmo quente, originário de Angola, não pára de conquistar cada vez mais praticantes. É uma das danças sempre tocadas nas discotecas, não só africanas. Quente, suave, apaixonante… Vários estilos, técnicas, influencias. Toda variedade e diversidade de Kizomba.

                                                         Kizomba

Semba É uma dança de salão angolana urbana. Dançada a pares, com passadas distintas dos cavalheiros, seguidas pelas damas em passos totalmente largos onde o malabarismo dos cavalheiros conta muito a nível de improvisação. O Semba caracteriza-se como uma dança de passadas. Não é ritual nem guerreira, mas sim dança de divertimento principalmente em festas, dançada ao som do Semba.
                                                         Samba
Danças Caboverdianas Toda a variedade de ritmos originários de Cabo Verde: Funána, Mazurka, Morna, Coladera, Batuque.
                                              Dança de Cabo Verde
Danças Tribais Uma forte característica trazida para o Estilo Tribal das danças tribais é a coletividade. Não há performances solos no Estilo Tribal. As bailarinas, como numa tribo, celebram a vida e a dança em grupo. Dentre as várias disposições cênicas do Estilo Tribal estão a roda e a meia lua. No grande círculo, as bailarinas têm a oportunidade de se comunicarem visualmente, de dançarem umas para as outras, de manterem o vínculo que as une como trupe. Da meia lua, surgem duetos, trios, quartetos, pequenos grupos que se destacam para levar até o público esta interatividade.



                                          Danças Tribais Africanas
Esculturas
Esculturas em marfim
A produção em madeira com marfim incrustado. Em menor quantidade estão os objetos esculpidos em pedra dura.


Esculturas em madeira
A escultura em madeira é a fabricação de múltiplas figuras que servem de atributo às divindades, podendo ser cabeças de animais, figuras alusivas a acontecimentos, fatos circunstanciais pessoais que o homem coloca frente às forças. Existem também objetos que denotam poder, como insígnias, espadas e lanças com ricas esculturas em madeira recoberta por lâminas de ouro sempre denotando um motivo alusivo à figura dos dignitários. Os utensílios de uso cotidiano, portas e portais para suas casas, cadeiras e utensílios diversos sempre repetindo os mesmo desenhos estilísticos.

 


Esculturas em outros materiais


                                              Escultura em Bronze

Tecido Kente do Gana.
Além das esculturas em madeira existem os objetos confeccionados com fragmentos de vidro das mais variadas cores, colocados em gorros, possuindo uma gama de figuras humanas e de animais, feitas com fio de algodão que passam por todo o tecido, colocados sempre em combinação vertical. As pedras podem ser alternadas por Cowrys, canudilhos metálicos ou de seda e algodão.


 

Os tecidos são lisos ou estampados, os bordados são rebordados com linhas e com pedras de vidro. Confeccionam roupas longas e gorros. A inventividade do bordado com pedras de vidro está muito espalhada nas populações da República da Nigéria. Os suportes para abanos, crinas e rabos de animais, também decoram com pedras de vidro, canudilhos e cauris.
Os tecidos e o vestuário chegaram a um desenvolvimento plástico considerável em zona de cultura urbana, assimilando muitos elementos da indumentária islâmica e outros introduzidos pelos europeus colonialistas. O tear horizontal, permitiu a confecção variada de tiras que posteriormente se juntam longitudinalmente para formar tecidos maiores. Deste tipo de confecção o mais característico é o chamado Kente, entre os Ashanti. Ainda entre estes tecidos está o estampado chamado Denkira, com figuras diferentes que se combinam para estruturar um desenho ou determinar um motivo fundamental. Os desenhos são imersos em uma tintura vegetal e impressos em tecido branco estendido em uma almofada.
O Alaká africano, conhecido como pano da costa no Brasil é produzido por tecelãs do terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá em Salvador, no espaço chamado de Casa do Alaká.

Materiais usados
Ferro
O ferro é utilizado à partir de uma prancha fundida mediante pressão e calor. São confeccionados muitos atributos em várias formas pelos Abomei, de quem é a imagem da entidade Gu, dono do ferro representado por uma figura antropomorfa. Com a mesma técnica são encontrados vários atributos a variadas entidades e também vários instrumentos musicais.

Nestas, os detalhes da figura humana estão um pouco resumidos, destacando algumas marcas regionais, e nisto, assim como nas proporções gerais, diferem das de Ifé, nas que se percebe a procura dos modelos anatômicos, como se fossem retratos, dentro de um tamanho menor. As cabeças de bronze apresentam variedades de caracteres faciais, presos em detalhes sutis que permitem apreciar diferentes expressões nos rostos e até incluem algumas deformações anatômicas.
Picasso e a África
Pablo Picasso (1881-1973), mesmo nunca tendo ido a África, produzia obras com máscaras e estátuas que ele tinha com ele enquanto trabalhava. Picasso dizia que o "vírus" da arte africana o tinha contagiado.